April 24, 2010

Learning (Um Timbale de Frango)


Sempre gostei de aprender, e procuro fazê-lo constantemente. Sou atenta, observo, oiço (e falo,eu sei... :) ), comento, questiono. 

É fantástico como, 31 anos depois, continuo a aprender (e a reaprender) diariamente, com os que preenchem (são) o meu mundo e os meus dias. A aprendizagem constante (sobre nós, sobre os outros e sobre o mundo) faz-nos andar para a frente, ser maiores. Saber mais, sentir mais. E, acima de tudo, querer saber e sentir (ainda) mais.

Já andava com este blog na cabeça há algum tempo, pelo que fui fazendo uma listinha dos cozinhados dos últimos tempos, para depois os pôr aqui. A este, ia chamar-lhe "Uma Pie de Frango". Com o artigo indefinido, porque é apenas isso: Uma. A minha, mas uma no meio de tantas que existem.. "Pie", porque não sabia o termo em português; Não podia chamar empada a algo com cerca de 20 cm de diâmetro... Nem dizer que tinha feito uma tarte, porque lhe pus uma "tampa"...

Entre tantas coisas boas que aprendi na semana passada, descobrir que isto se chama "Timbale", acabou por ser a menos importante.

UM TIMBALE DE FRANGO

Há dias, o ensaio,  cá em casa, foi antecedido por uns frangos no churrasco que fui buscar ali à Calçada da Ajuda, para desenrascar. Sobrou um frango quase inteiro, pelo que tive de o aproveitar no dia seguinte
Tirei as peles e os ossos e desfiei-o Para fazer o recheio, numa frigideira, com um bocadinho de azeite, fiz um refogado com bastante cebola, alho e alho francês. Juntei cenoura em cubos e, por fim, o frango (não o usei todo, era imenso!!). Temperei com sal, pimenta e oregãos e reguei com vinho branco (o Planalto que tinha sobrado do jantar do post anterior). Juntei um bocadinho de polpa de tomate e deixei cozinhar. Idealmente, teria juntado molho bechamel ou um bocado de leite com farinha. Como só tinha leite, juntei apenas isso, e resolvi o problema da consistência juntando uns pedaços de miolo de pão - again, tinha sobrado do jantar). Juntei também uns espinafres picados que tinha no congelador.
Foi então que descobri que não era apenas a farinha que faltava: precisava de duas embalagens de massa folhada (costumo comprar fresca), mas só tinha uma.  Entretanto, descobri uma de massa quebrada. Por isso, usei a quebrada para a base (coloquei-a numa forma, mantendo o papel vegetal que ela traz), despejei o recheio e "tapei" com a massa folhada (na qual fiz uns furinhos com um garfo, porque toda a gente sabe que os frangos mortos também respiram). Forno, desprezo... e já está!
Este timbale fica óptimo com salada, de preferência bem temperada com vinagre balsâmico.
[nota: gostava imenso de ter posto ervilhas, mas não tinha. Se resolverem replicar este timbale, ponham ervilhas, e depois digam-me como ficou. OK?] 

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